A pesquisa — um recorte do estudo divulgado no ano passado que já apontava o município como o quarto melhor para se envelhecer — mostra que Niterói tem o maior número de médicos por habitante, entre as 150 maiores cidades do país, além de ser a quarta com mais leitos.
O levantamento, no entanto, indica que o município precisa melhorar em outros aspectos, como a disponibilidade de clínicas e residências geriátricas e a oferta de aparelhos de mamografia. Com o objetivo de ajudar as cidades a minimizarem seus pontos fracos, o instituto, em parceria com a Fundação Getulio Vargas, prepara\-se para lançar um curso gratuito que oferecerá a autoridades ferramentas de criação e...
[Leia mais]A pesquisa — um recorte do estudo divulgado no ano passado que já apontava o município como o quarto melhor para se envelhecer — mostra que Niterói tem o maior número de médicos por habitante, entre as 150 maiores cidades do país, além de ser a quarta com mais leitos.
O levantamento, no entanto, indica que o município precisa melhorar em outros aspectos, como a disponibilidade de clínicas e residências geriátricas e a oferta de aparelhos de mamografia. Com o objetivo de ajudar as cidades a minimizarem seus pontos fracos, o instituto, em parceria com a Fundação Getulio Vargas, prepara-se para lançar um curso gratuito que oferecerá a autoridades ferramentas de criação e gestão de projetos.
De acordo com o gerente do instituto, Antônio Leitão, o Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade tem como intuito entender como as cidades brasileiras estão se preparando para o número cada vez maior de idosos em suas comunidades. E a partir dessa constatação, ser uma proposta de mudança de visão e de atitude, implicando em políticas e práticas na promoção do envelhecimento ativo.
— Claro que a pesquisa mostrou algo positivo, mas não significa que Niterói é o paraíso para se envelhecer, assim como foi constatado em outras cidades que tiveram um bom desempenho. Por isso, estamos partindo para uma segunda fase, que é criar meios para auxiliar os municípios a trabalharem seus pontos negativos e melhorarem os positivos — explica Leitão, adiantando que ainda não há uma data de previsão de lançamento do curso. — É algo complexo, que exige tempo, mas é muito necessário. É preciso falar sobre bem-estar na terceira idade. Não é algo de interesse apenas de quem é idoso, mas de todas as pessoas.
Os indicativos da pesquisa são atestados por idosos de Niterói que afirmam que o município oferece boas condições para se envelhecer em relação aos demais, mas ainda precisa melhorar. Para as amigas aposentadas Leci Furtado e Maria Correia, a maioria das opções de bons serviços está concentrada na Zona Sul, especialmente em Icaraí. Ambas moram no Centro e costumam ir ao bairro vizinho quatro vezes por semana para se exercitar na academia ao ar livre da Praça Getulio Vargas e caminhar na praia ou quando precisam ir ao médico.
— Eu tenho colesterol alto e, por recomeçadão médica, tenho que fazer atividade física. Por enquanto, ainda consigo pegar um ônibus e chegar aqui (Icaraí) rapidinho, mas sempre penso que daqui a um tempo eu não vou conseguir mais pegar ônibus sozinha. Então seria bom que no meu bairro também houvesse equipamentos de boa qualidade — conclui Leci.
Maria reclama da falta de manutenção dos aparelhos da academia ao ar livre e da pouca frequência de profissionais aptos a auxiliar os idosos com as atividades:
— Poder caminhar na praia e depois me exercitar nessa academia de Icaraí é ótimo, mas às vezes os aparelhos ficam quebrados por muito tempo, e nem sabemos se estamos fazendo os movimentos de forma correta.
Para o aposentado Fernando Farah, de 67 anos, apesar do resultado da pesquisa, ele avalia que faltam políticas para aprimorar o acesso à saúde:
— Mesmo quem tem plano passa por dificuldades para ser atendido. Quem depende do Sistema Único de Saúde muitas vezes perece esperando.
A pesquisa apontou ainda que Niterói está em segundo lugar no número de inscritos em planos de saúde e em primeiro em número de hospitais afiliados a escolas médicas. Em contrapartida, a cidade aparece na 42ª posição quando o assunto é cobertura municipal do Centros de Atenção Psicossocial (Caps).
Sobre os serviços estarem concentrados na Zona Sul da cidade, o secretário municipal do Idoso, Beto Saad, explicou que Niterói tem hoje 86 mil idosos, sendo que 20 mil moram em Icaraí; oito mil, no Fonseca; e quase seis mil, em Santa Rosa. Ele acha natural, portanto, que haja mais oferta na Zona Sul. Saad disse, porém, que há intenção de levar os serviços a outros bairros:
— Estamos criando ferramentas para ouvir os idosos para, então, atender às reais demandas deles.
A prefeitura informa que não existe fila de espera para mamografia em Niterói, uma vez que a demanda pelo serviço é inferior à oferta disponibilizada. A respeito das clínicas e residências geriátricas, a prefeitura acrescenta que as sete policlínicas regionais e módulos de médico de família atendem os idosos. Informa ainda que a cidade é coberta por quatro Centros de Atenção Psicossocial (Caps), centros de convivência e ambulatórios de saúde mental.
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Créditos: Com informações da Revista Época.